Esta semana foi relembrado, no dia 14, o dia Mundial da Incontinência Urinária (I.U).
Esta entidade é extremamente comum na população feminina, e a incidência aumenta com a idade. Por isso, se não se “enquadram” no tema, leiam na mesma pois podem posteriormente precisar de saber algo mais … aliás muitas de vocês também têm mães, tias, colegas de trabalho… e é sempre bom saber que fazer perante determinados sintomas.
Por outro lado não é preciso estar na menopausa, nem ter mais de X anos para sofrer de I.U.. Muitas pacientes da minha idade e mesmo mais novas, muitas vezes com alguma “vergonha” se queixam deste sintoma.
Perder urina não é mariquice, nem motivo para ter vergonha. Na verdade incomoda e em muitos casos diminui a qualidade de vida de quem dela padece.
Há vários tipos de I.U., de esforço, de stress, funcional, mista,…
A mais comum é a I.U. de esforço. A I.U. de esforço relaciona-se com lesão do pavimento pélvico que resulta numa falta de suporte e consequente hipermobilidade da uretra, com incapacidade desta em conter a urina dentro da bexiga perante aumento da pressão intra-abdominal.
Neste tipo de I.U. a paciente perde urina após um esforço que aumente a pressão intra-abdominal como tossir, espirrar, rir, exercício físico ou pegar em algo pesado.
A probabilidade de ter I.U. de esforço aumenta com o número de gestações, mas depende principalmente do tipo de parto, sendo o vaginal o grande fator de risco para a mesma. A maioria dos casos surge após partos complicados e instrumentados (quando é necessário o uso de ventosa ou fórceps).
Pretendo com este post alertar sobre a importância deste sintoma e dizer-vos que por muito comum que seja… não é normal.
Ter que levar um “pensinho” para ir para o ginásio ou dar uma corrida é perda de qualidade de vida. Dar uma gargalhada ao jantar e molhar a cueca de urina é perda de qualidade de vida.
Na Medicina um dos lemas é: se retira qualidade de Vida deve ser tratado!
Se o sentem procurem avaliação pelo Ginecologista e não deixem para tratar para a velhice… vivam a Vida já.
Nós fazemos um inquérito para verificar que tipo de incontinência se trata, pois uma % trata-se com medicação. E é importante igualmente excluir outro tipo de patologia que se encontre por detrás. Pode, em alguns casos ser necessária o pedido de exames auxiliares de diagnóstico – estudo urodinâmico- para ter a certeza do tratamento a instituir.
Hoje em dia temos vários tipos de intervenção para estes casos.
Informem-se. Primeiro cada caso é um caso. E o vosso pode não ser propriamente igual ao da colega. Em segundo lugar, consoante o tipo e a gravidade da I.U. será explicado o melhor tratamento para o vosso caso.
Tem I.U.? Marque consulta!
Partilhe o post, pois muitas amigas e conhecidas sofrem, em silêncio deste problema.