A sífilis…
De origem antiga, já descrita por Hipócrates, esta infeção bacteriana continua a ser uma presença no nosso Mundo. Teve um pico devastador no século XVI. Apenas no século XX surgiu cura para a doença, com a descoberta da Penicilina.
Ainda assim, a Organização Mundial de Saúde estima que em 2008 tenham ocorrido 10,6 milhões de novos casos de sífilis entre adultos entre 15–49 anos de idade. Estima também que a sífilis afeta entre 700 000 e 1,6 milhões de gravidezes por ano, em todo o Mundo sendo causa de abortamentos espontâneos, nados-mortos e sífilis congénita.
A bactéria que a causa é o Treponema pallidum, e a infeção ocorre por via sexual ou por transmissão vertical (através da placenta ou periparto da mãe para o filho). Muito raramente por via sanguínea.
A infeção congénita é de tal forma comprometedora para o bebé que é protocolo o seu rastreio na gravidez em todos os trimestres.
A prevenção passa pelo uso de preservativo e pelo seu rastreio na gravidez.
O tratamento passa por uma simples injeção de Penicilina.
O curso da doença é descrito por quatro fases:
– Sífilis primária – aparecimento de lesão, regra geral genital (vulva, colo do útero, pênis, reto, mas também na boca…). Apresenta-se como uma úlcera indolor de base dura, bem delimitada, não exsudativa e não pruriginosa, que surge em média cerca de 21 dias após o contacto sexual. Pode persistir cerca de 3 a 6 semanas.
– Sífilis secundária – quando a sífilis primária não é tratada evolui para uma fase exantemática e é caracterizada por uma erupção cutânea que além do tronco e membros também não poupa a palma das mãos e plantas dos pés. Aparece geralmente 6 a 8 semanas após a lesão primária ter desaparecido. Tem diversos sintomas associados como síndrome gripal, dores articulares, adenopatias (gânglios aumentados) …
– Sífilis latente – o paciente é portador, mas não apresenta sintomas.
– Sífilis terciária – atualmente surge apenas numa pequena percentagem dos casos. Surge entre 10-30 anos após a infeção inicial e cursa com gomas (tumefações moles) que se desenvolvem em qualquer parte do corpo, pele, osso, coração, cérebro…
De um modo resumido, tentei transmitir-vos esta informação sobre uma DST (doença sexualmente transmissível) que continua a ser uma presença na nossa sociedade, e que tem impacto não só pessoal, como também na gravidez.
Se tiverem mais dúvidas, perguntem!
Mais uma vez … partilhem… porque é importante Saber!