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Fim de semana prolongado…

3 dias cheios de ócio, de nada fazer…

No meio da loucura frenética do quotidiano, que não me canso de acusar de cansativo pela sua exigência extenuante que nos impele a fazer sempre mais e melhor… usufruir de uma pausa revela-se como um prazer caprichoso, tão estupidamente raro, como maravilhoso.

Dormir sem ter hora de acordar.
Acordar, sem ter um plano de “to dos” para fazer…

Espreguiçar e olhar o horizonte, hoje verde, numa mescla de vários tons…

Saborear um pequeno almoço, daqueles bons, recheados e prolongados, que se transformam num Brunch… aquele termo inglês cujo conceito adotei para os meus Domingos.

Brunch… que ideia incrível de juntar o Breakfast (pequeno –almoço) com o Lunch ( almoço), no dia de Domingo!
Para a família portuguesa mais tradicional, que vai almoçar o assado aos avós aos Domingos, não será uma opção… mas sim para muitas famílias, que iniciam novas tradições… mas já me perdi…

Voltando ao cerne da questão, nomeadamente ao meu calmo Domingo, terceiro dia deste fim de semana, de pausa requintada … acabava eu o meu maravilhoso Brunch quando fui convocada pelo dever.

Uma paciente ligou, tinha acabado de lhe “romper a bolsa”… o que para quem não pesca nada desta lide, quer dizer que a bolsa amniótica que envolve e protege o bebé rompeu e este perde o líquido que o envolve, sendo muitas vezes um início de trabalho de parto.

E em segundos, em poucos segundos quando dei por mim estava no meu carro, com um destino inserido no GPS… e foi assim que 400 km foram percorridos levemente … no trajeto que a obrigação abreviou foram realizados os contactos para juntar a equipa de cerca de 10 elementos.

Na verdade, o tempo voou, a distância dissipou-se e todos estavam presentes na hora “marcada”, no fundo escolhida pela pequena pessoa que se lembrou de nascer hoje e não daqui a 5 semanas… porque na Obstetrícia é assim… quem pode mandar, Manda!

E mais uma vez chego ao fim do dia e estou de coração cheio… e agradeço a todos, e são vários os que me ajudaram nesta viagem. Neste salto entre o ócio e a obrigação… neste transportar para o momento mágico em que pelas minhas mãos, o H. chegou a esta Vida.
Poder magnífico que agradeço todos os dias. Obrigada!

 

 

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