08 de março de 2020 … e aqui estamos em mais um Dia da Mulher.
Mais um dia, no meio de todos os dias do Ano, 366 neste caso… em que o Somos.
Porque o Somos todos os dias, numa mistura de mulher, mãe, filha… numa mistura de cozinheira, médica, secretária, motorista, mulher, amante… e tanto mais.
Porque continuamos a ser um equilibrista que caminha no fio fino e instável da Vida, percorrendo o caminho tentando manter o equilíbrio, com todas as nossas versões às costas.
Porque há dias em que acordamos com menos força, ou apenas e só porque as flutuações hormonas alteram o nosso humor… e reina a Melancolia.
Porque às vezes é normal estar triste.
Porque muitas vezes o medo de falhar impera sobre os outros sentimentos.
Porque há dias assim, mas porque em todos me preocupo em vos informar, segue abaixo um link para o programa em que numa conversa leve, entre mim, a Mariana D’Orey e o Ricardo João Teixeira, se abordou um tema pouco falado e muito pertinente.
Em jeito de resumo, o Baby blues ocorre em 50 a 80% das grávidas, a sua etiologia é desconhecida, mas pensa-se que as alterações hormonais que predominam no pós-parto induzam níveis alterados de neurotransmissores ligados ao humor.
São sintomas comuns a tristeza, o choro fácil, irritabilidade, ansiedade, exaustão, insónia, baixa concentração e sensação de incapacidade. Estes sintomas podem durar até 2 a 3 semanas, de um modo autolimitado.
Se estes sintomas se manifestarem por mais tempo poderemos estar perante uma Depressão pós-parto, que deve ser sempre identificada e orientada para um Psiquiatra e/ou Psicólogo.
São mulheres com fator de risco aumentado as que apresentam antecedentes de depressão, antecedentes familiares de depressão, situações de pós-parto difícil, stress, que não conseguem amamentar ou cujo bebé tenha alguma patologia.
A depressão pós-parto pode interferir no Bonding da mãe ao bebé e no desenvolvimento adequado do mesmo.
É essencial estarmos atentos porque existe o Conceito da mãe feliz, ie, se o nascimento é visto como um momento de felicidade extrema torna-se difícil à mulher admitir essa “tristeza”, pois a sente com uma sensação de culpa e vergonha.
Porque é sempre importante discernir entre o “normal” e o “patológico” convido-vos a assistir a esta conversa (começa no 31º minuto do vídeo) e saber um pouco mais sobre os Baby Blues e a Depressão Pós-parto.